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Mulherismo Africana

  • Foto do escritor: Coletivo Maria da Glória
    Coletivo Maria da Glória
  • 27 de abr. de 2021
  • 1 min de leitura

O termo Mulherismo Africana surgiu em 1987, e foi cunhado por Clenora Hudson Weems, e segundo ela o Mulherismo teria como principal objetivo criar critérios próprios das mulheres africanas para avaliar suas realidades tanto no pensamento quanto na ação” (HUDSON-WEEMS, 2016, p. 19). Em 1998 Nah Dove seguiu desdobrando os conceitos mulheristas.


Sendo assim, o Mulherismo é uma perspectiva afrocêntrica, considerando a liderança social que as mães negras possuem na nossa comunidade, tanto no continente africano quanto na diáspora. E o termo, faz uma referência direta as mulheres africanas, atuando de forma auto-nomeadora e auto-definidora.


A partir do Mulherismo, somos convidados a fazer o movimento de retorno, através do Sankofa para recuperar experiências que sirvam como formas de resistência, permanência e continuidade diante de um processo de desumanização dos nossos corpos e nossos saberes. Essa perspectiva nos dá de volta o papel matrigestor da nossa comunidade negra, enquanto forma de luta para recuperar e reconstruir a nossa integridade, após as atrocidades sofridas pelo povo africano.



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Imagem retirada da capa do livro: "Afrikan mothers", Nah Dove.



Anin Urasse (2019) descreve os princípios mulheristas: uso de terminologia própria e autodefinição; centralidade na família; genuína irmandade no feminino; fortaleza, unidade e autenticidade; flexibilidade de papéis, colaboração na luta de emancipação e compatibilidade com o homem; respeito, reconhecimento pelo outro e espiritualidade; respeito aos mais velhos; adaptabilidade e ambição; maternidade e sustento dos filhos.


Sendo assim, cabe às mulheres negras – diaspóricas e continentais – avaliar, dentro de sua experiência e trajetória individual, os melhores caminhos teóricos para se nutrir e vislumbrar um movimento prático e emancipador da população negra.




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